Rumo a uma logística de baixo carbono: como a transição energética está redesenhando os portos
A logística portuária global está diante de uma das maiores transformações de sua história: a transição para um modelo de baixo carbono. Esse movimento é resposta direta a uma série de fatores, como exigências regulatórias, pressões de stakeholders e metas globais de descarbonização. No Brasil, a agenda ganha ainda mais força com os avanços da […]
- 21/10/2025
- 6 minutos
A logística portuária global está diante de uma das maiores transformações de sua história: a transição para um modelo de baixo carbono. Esse movimento é resposta direta a uma série de fatores, como exigências regulatórias, pressões de stakeholders e metas globais de descarbonização.
No Brasil, a agenda ganha ainda mais força com os avanços da Wilson Sons, que posiciona a sustentabilidade como um pilar estratégico da sua atuação no mercado. Seja pela eletrificação de ativos, eficiência energética ou digitalização, suas operações portuárias e marítimas têm o propósito de operar com máxima responsabilidade climática.
Neste artigo, vamos explorar como a transição energética tem remodelado o setor portuário brasileiro e como as experiências da Wilson Sons mostram que é possível conciliar desempenho operacional com compromisso ambiental.
Boa leitura!
A urgência global da logística de baixo carbono
Segundo a Organização Marítima Internacional (IMO), o setor de transporte marítimo representa aproximadamente 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Embora seja o modal logístico mais eficiente em termos de emissões por tonelada transportada, o crescimento do comércio internacional exige que o setor acelere sua transição energética.
Com metas progressivas de redução de emissões, a logística portuária tem se transformado com foco em estratégias carbono zero. Portos que antes operavamcomo plataformas exclusivamente operacionais agora são protagonistas de estratégias nacionais de descarbonização.
Nesse contexto, a Wilson Sons se destaca ao consolidar uma trajetória de investimentos em eficiência energética, inovação e geração de valor ambiental, antecipando tendências que logo serão exigência mínima em cadeias logísticas globais. No Tecon Rio Grande, por exemplo, foram implementadas soluções de eficiência energética, como:
- Substituição de refletores de vapor metálico por LED;
- Pavimentação de pistas com maior refletância solar para reduzir aquecimento térmico;
- Expansão de painéis fotovoltaicos em áreas de apoio;
- Automação de gates e áreas de pátio com sistemas de monitoramento em tempo real.
Essas soluções elevaram a eficiência energética do terminal e contribuíram para que, em 2024, o terminal pudesse zerar emissões. Um avanço importante para o setor portuário brasileiro.
Porém, a transição energética não está apenas na infraestrutura fixa dos portos: ela também passa pela renovação da frota. Neste sentido, a Wilson Sons tem investido na eletrificação progressiva de ativos, com destaque para:
- Testes com tratores portuários elétricos no Tecon Salvador;
- Adoção de rebocadores com propulsão azimutal mais eficiente;
- Aquisição de embarcações da classe “twin fin“, com melhor desempenho energético.
Essas medidas representam ganhos de até 30% em consumo energético por operação, redução de emissões de gases poluentes, menor necessidade de manutenção e melhoria na segurança, ergonomia e conforto operacional para os colaboradores.
Outra frente importante da estratégia de transição energética da Wilson Sons é a autoprodução de energia limpa. A companhia tem investido em projetos solares em áreas de apoio nos terminais e no uso de créditos de energia renovável com certificação I-REC, evitando a emissão de 22 tCO2e/ano nos cinco berços de atracação em sua Base de Apoio Offshore no Rio de Janeiro, por exemplo.
Essa abordagem, além de reduzir as emissões, também traz previsibilidade tarifária e reforça o posicionamento da companhia em contratos com clientes internacionais cada vez mais exigentes em relação à origem da energia utilizada nas operações.
Portos que conseguem fornecer serviços logísticos com baixo fator de carbono embutido se tornam preferidos por armadores, exportadores e embarcadores vinculados a cadeias sustentáveis. Ou seja, a energia limpa se transforma em vantagem de mercado.
“O uso de energia limpa em nossos terminais reforça nosso compromisso com a agenda climática e posiciona a companhia entre os operadores mais alinhados às exigências ambientais do mercado global.”
Gustavo Machado
COO da Wilson Sons
Compromissos públicos e o futuro da agenda climática
A Wilson Sons mantém compromissos públicos alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e com as metas climáticas nacionais e setoriais. A empresa adota indicadores de desempenho socioambiental, reporta suas emissões em plataformas reconhecidas e segue padrões internacionais como o GHG Protocol e as diretrizes da TCFD.
O planejamento para os próximos anos inclui:
- Ampliação da matriz elétrica renovável;
- Substituição progressiva da frota terrestre por veículos elétricos;
- Estudo para viabilidade de fornecimento de energia de terra para navios atracados (OPS);
- Expansão dos sistemas de energia solar nos terminais;
- Uso cada vez mais intensivo de digitalização como ferramenta para gestão ambiental e energética.
Portanto, a nova fronteira da logística portuária é ecológica. Portos que operam de forma eficiente, limpa e digitalizada estão mais preparados para competir globalmente, acessar novos mercados e atender às exigências ambientais de parceiros e consumidores.
A Wilson Sons mostra, com ações concretas, que é possível construir essa transformação no Brasil. Com investimentos consistentes, inovação aplicada e compromisso com resultados sustentáveis, a companhia se posiciona entre os líderes do setor no caminho rumo à neutralidade de carbono.
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